sábado, 26 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

MARY E MAX

Já que o nosso assunto do momento é Stopmotion, gostaria de falar de um filme de animação que assisti há uns dias atrás. Trata-se de Mary e Max. Uma belíssima animação do diretor Adam Elliot, que trata da solidão e da amizade entre duas pessoas que normalmente não tinham muito para tornarem-se amigas. Mary é uma garota australiana de oito anos e Max é um judeu novaiorquino na casa dos quarenta. O que eles tem em comum? O fato de não se encaixarem muito bem em seus ambientes e de se sentirem estranhos. De uma maneira inusitada ( não vou contar para não estragar a surpresa) eles começam a se corresponder através de cartas e a amizade progride e se mantém por anos como toda amizade, com dúvidas, com discordâncias e até com rompimentos temporários.A trama é parcialmente baseada em fatos reais,o diretor usou sua própria experiência e de um amigo com o qual se correspondeu por muitos anos para conceber o roteiro. A história é bem densa, trata a solidão como se fosse um círculo vicioso do qual não conseguimos nos livrar.É uma bela animação em massinha que vale a pena ser vista e que nos mostra que animação não é somente para crianças.

http://www.youtube.com/watch?v=mSSCIqsvQK4&feature=related


Marilene Lopes de Araujo

Aracnídea





Meu texto de estréia no blog expõe a perda recente de uma das principais artistas plásticas do século XX, a franco-americana Louise Bourgeuis.
A artista que morreu aos 98 anos no dia 31 de maio em um hospital em Nova York, ganhou fama tardiamente com seus trabalhos que tendiam para o abstrato, feitos em madeira, aço, pedra, borracha, além de desenhos e gravuras.
Nascida na França e radicada nos Estados Unidos, Louise participou de diferentes correntes artísticas, dentre elas o surrealismo, e a partir dos anos 1960 se enveredou pela escultura em metal, realizando grandes instalações para tratar da sexualidade, família e sociedade.
Ganhou notoriedade pela abordagem agressiva e explícita do sexo em suas obras, centradas no estudo do corpo humano e na necessidade de proteção diante de um mundo assustador. Buscava inspirações em episódios ocorridos na sua infância e a relação de infidelidade entre seus pais.
Uma de suas séries mais famosas leva o título de Maman(mãe em francês).São aranhas monumentais de até nove metros de altura,feitas nos anos 90,espalhadas por diversas cidades do mundo,inclusive em São Paulo,no acervo permanente do MAM(Museu de Arte Moderna)no Parque do Ibirapuera.
Em 2000,a artista foi homenageada pela dramaturga brasileira Denise Stoklos na montagem "Louise Bourgeois: Faço, Desfaço, Refaço"A cenografia-instalação da produção foi composta por esculturas de aço e vidro, representando uma cela, uma escada e um grande espelho oval. O cenário reúniu vários objetos de Louise, como pequenos moldes de escultura, manequins e obras em tecido, ferramentas, tudo original e pertencente ao arquivo de seu estúdio. O espetáculo estreou em Nova York.
Suas obras enriquecem o acervo dos mais importantes museus do mundo,o MoMA de Nova York, o Centro George Pompidou de Paris e a Tate Modern em Londres.


Fonte:UOL
Fábio Florentino.

VAI BRASIL.



Pessoal, Esse trabalho de arte coletiva foi feito pelos meus alunos, com papel dobradura e papel cartão.Como hoje tem jogo, postei essa imagem para ilustrar nosso blog. Boa sorte seleção.
Ai ai ai Brasilll

Marcos Clóvis.

O ARTISTA E A SOCIEDADE

Toda vez que vejo a produção de um artista, dentre tantas coisas, tento descobrir onde está a relação dessa obra com a época em que foi produzida, ou ainda, que elementos dessa produção mostra-me a sociedade em que vive o artista. Não consigo lembrar-me a partir de que momento comecei a buscar isso nas produções artísticas, só sei que de algum tempo para cá tenho consciência dessa procura.
Em "A Necessidade da Arte", Ernst Fischer afirma que:"Mesmo o mais subjetivo dos artistas trabalha em favor da sociedade." Será que o artista, esse ser que parece tão independente, é incapaz de expressar o seu "eu" ou será que ao expressá-lo através dos seus sentimentos incorpora à sua obra o "nós" fazendo da sua obra pessoal um retrato de todos e da época em que vive? Terá o "nós" também na arte mais força que o "eu"?
Parece-me que para entendermos um pouco melhor a questão, é necessário falar um pouco de processo de criação. Uma obra não é somente resultado, é também processo criativo, mesmo que imperceptível para alguns traz embutida toda vivência do indivíduo que, por ser um ser social representa a cultura do grupo com o qual convive. Fayga Ostrower afirma em seu livro "Criatividade e Processos de Criação" que: "A criação nunca é apenas uma questão individual, mas não deixa de ser questão do indivíduo", o que me leva a pensar que a questão não é saber se a obra representa o "eu" do artista ou o "nós" da sociedade mas o quanto cada um desses elementos se faz presente na produção artística. Parece-me então que alguns artistas carregam no "eu" e então sua obra se apresenta mais individual, carregada de sentimentos pessoais, já por outro lado, alguns artistas pesam mais a mão para o "nós",então sua obra teria um cunho mais social.
Acredito também que essas são dúvidas bem pessoais pois uma obra não precisa estar catalogada ou encaixotada em uma categoria para ser apreciada, mas continuarei minhas pesquisas se não pela conclusão pelo menos pelo prazer da leitura.

Marilene Lopes de Araujo

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A maior bronca.

O texto abaixo foi lido para os professores na escola onde leciono, alguns acharam exagerado, fora de contexto, eu gostei, me levou a refletir sobre o “ser ou não ser”. Opiniões a parte leiam o texto, espero que gostem.


A maior bronca que já levei
Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio.
Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu?
Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.
"Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez", disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.
"Desde que comecei a lecionar, isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
O interessante é que esta percentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores.
Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de ...".
Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto ?
Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.
Contudo, uma coisa é certa:
"Se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos,
se não tentarmos fazer tudo o melhor possível,
seguramente sobraremos na turma do resto."
Autor desconhecido

Marcos Clóvis.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Alfabetização Virtual

Foi meio difícil mais saiu!!!
Minha primeira experiência com animação em stop motion. É quase uma apropriação da estética da "gambiarra" mas espero que valha.
Faltaram os créditos, pois por algum problema de postagem o youtube comeu o final e também não consegui colocar som...Mas apesar das dificuldades (brigando com diferentes programas de animção) valeu a experiência...

Salamalandra
http://www.youtube.com/watch?v=2-sCBYlntao




Por Carolina Zoli

terça-feira, 22 de junho de 2010

Nos cadernos de Saramago: Educar para a paz

Educar para a paz
Por Fundação José Saramago
Resulta muito mais fácil educar os povos para a guerra do que para a paz. Para educar no espírito bélico basta apelar aos mais baixos instintos. Educar para a paz implica ensinar a reconhecer o outro, a escutar os seus argumentos, a entender as suas limitações, a negociar com ele, a chegar a acordos. Essa dificuldade explica que os pacifistas nunca contem com a força suficiente para ganhar… as guerras.

“Israel vive às custas do Holocausto”, em Palestina existe!, Madrid, Foca, 2002 [Prólogo e edição de Javier Ortiz] [Entrevista de Javier Ortiz]

Esta entrada foi publicada em Junho 3, 2010 às 12:01 am e está arquivada em Outros Cadernos de Saramago. Pode seguir as respostas a esta entrada através do feed de RSS 2.0. Tanto os comentários como os pings estão actualmente fechados.

Games games!

Encontrei alguns links interessantes para os fâs de game...

Uma epécie de wikipédia exclusiva sobre games (em inglês:
http://www.wikia.com/Gaming

Site da exposição Gameplay que aconteceu no ano passado no Iatu Cultural a partir do conceito de gameplay também trazendo artistas que dialogam com a game arte:
http://www.itaucultural.org.br/gameplay/

E para matar a saudade:
http://jogosdeatari.com.br/index.php

Carol Zoli

Eugênio Barba um importante nome para o Teatro Contemporâneo

Hoje nas artes Cênicas muito se fala sobre Grupo, Coletividade, Processo Criativo e Colaborativo. Acredito que Eugênio Barba influenciou e muito esta caminhada reflexiva para esta classe.
Barba foi fortemente influenciado pelas práticas teatrais dos anos 60/70, ele tentou por meio de mudanças teóricas e práticas, estabelecer uma ordem definida pela prática de intercâmbio inter grupos, com o fim de fortalecer a comunidade teatral. "O Ator enfrentaria a busca de sua própria identidade, que se manifestaria por meio do exercício de seu oficio."
Por meio deste princípio inicia-se um novo campo de pesquisa: o estudo do comportamento expressivo do ser humano em situação de representação organizada, e a busca de elementos compartilhados entre diversas referencias culturais, SURGE O TERCEIRO TEATRO.
O Terceiro Teatro que buscaria estabelecer um espaço próprio, que seria propício ao grupo independente, e estaria fundamentado no respeito das diferenças.
Essa formação seria uma minoria de gente jovem que procurava uma identidade e um modo próprio de expressar. Esse modelo de teatro é reconhecido pela valorização da noção de coletividade que os situa em uma zona periférica do próprio ambiente artístico.
Essa nova modalidade do fazer teatral buscaria não só novas formas organizativas, e novos modelos espetaculares, mas também uma nova compreensão do lugar do teatro.
A proposta de Eugênio Barba para um Teatro de Grupo, é matriz para ruptura do teatro comercial. As ideias de Barba abriram novos caminhos técnicos e expressivos para o grupos teatrais da América latina.

Luiz Ventania

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O grupo dos 6 e a Poltrona Azul de Maria

Somos um grupo de sete pessoas, ou seis (logo mais falo sobre isso- talvez!), as quais fazem parte do curso de Pós Graduação em Linguagens da Arte, realizado no Centro universitário Maria Antônia- USP. A aproximação das pessoas que compõe esse grupo deu-se de um modo especial. Logo no início das aulas foi-nos solicitado formar grupos para realização de um trabalho. Uma lista com nomes de artistas diversos foi-nos apresentada, dos quais deveríamos escolher sobre qual gostaríamos de pesquisar e posteriormente apresentaríamos em seminário o conteúdo elaborado. Pois bem, nós mal nos conhecíamos, como formar os grupos? Então, “rodou” pela classe uma lista com o nome dos artistas a serem pesquisados, para que cada um escolhesse o de sua preferência. Assim nosso grupo se formou... “quase aleatoriamente”.
Impressiona-me a sintonia deste grupo, formado por pessoas muito singulares, porém muito bem humoradas e sem dúvida, imbuídas pelo espírito da coletividade. Sinto-me privilegiada por participar deste encontro.
Penso que ao nomearmos nosso blog de “A Poltrona Azul de Maria”, afirmamos nosso bom humor, e nossa poética. Como é belo, sonoro e interessante esse nome! Creio que todos que frequentam o terceiro andar do prédio, observam a saleta com as poltronas azuis. É como se elas esperassem, que pessoas ali se acomodem e troquem ideias. Se a proposta do Blog é formarmos mais um canal de comunicação, no qual poderemos trocar experiências, impressões e conhecimentos, a poltrona Azul virtual está instaurada.
Entre os estudantes do curso, há educadores, artistas e profissionais de outras áreas, portanto, todos os assuntos nos interessam (tudo que gira em torno das relações humanas me interessa). Creio que pensamos na formação humana e tudo que circunda por este imenso universo. Assim sendo, estamos abertos a discutir e debater temas múltiplos, de formas diversas. Penso que podemos postar pensamentos expressos de formas distintas, ou seja, vale: poema, artigo, desabafo, desenhos, fotos... Formal ou informal, algo científico ou de senso comum...
Esta postagem já se estende, guardarei meu fôlego para a próxima. Um beijo carinhoso a cada integrante deste grupo. E que tenhamos seguidores para que possamos compartilhar e construir conhecimentos sensíveis e bem humorados.
Magda Crudelli

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Animação Stop Motion

Inspirada pela última aula de lingugem das midias digitais decidi compartilhar alguns dos trabalhos realizados na escola onde leciono.
Dois dos premiados em um festival anual de animação chamado 5 dias em em 30 segundos.
Os autores são alunos de curso técnico de Comunicação Visual da Etec de Carapicuíba.
Carolina Zoli
Efemero Nimbus:

Histórias em quadrinhos

O primeiro post que compartilho com vocês no blog é sobre um assunto que venho pesquisando a algum tempo: as histórias em quadrinhos. Principalmente as que falam sobre culturas e povos diferentes da nossa realidade brasileira, mas que tem muito em comum com as nossas dificuldades e conflitos pessoais, só mudam de língua.

Aya de Yopougon
Este trabalho foi criado por Marguerite Abouet e ilustrado por Clémente Oubrerie e no Brasil foi lançado pela Editora L&PM. A trama se passa nos anos 70 na Costa do Marfim e retrata vários aspectos da cultura marfinense como sexualidade, machismo, diferenças sociais entre outros.

A personagem principal é Aya, uma garota que diferente das outras não quer saber de namorar e sonha em estudar medicina. Infelizmente só temos no Brasil a primeira parte da história. Estou aguardando ansioso para ler as outras partes e tenho certeza que depois que vocês lerem também ficarão.

Por enquanto é isso...no próximo post falarei sobre Persépolis de Marjane Satrapi.
Victor Alexandria

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Finalmente o blog nasceu!


Olá para todos os colegas do grupo e futuros leitores.
Depois de literalmente encontrar algumas pedras no caminho. O blog de nome surrealista finalmente saiu. Sei que parece bobo explicar o nome do dito cujo, mas tenho certeza que muitos irão se perguntar de onde veio.
Bom, após diversas discussões sobre qual seria o nome e a cara do blog, como seria o primeiro post, quem iria escrever primeiro e tudo mais, nos deparamos com uma saleta bem em frente a nossa sala de aula com duas poltronas azuis bem vistosas e confortáveis. Não deu outra, foi batizado na hora de "A poltrona azul", mas muitos queriam o nome Maria no blog e então ficou fácil acrescentar. E daí nasceu o nome "A poltrona azul de Maria".
Espero que todos se sintam a vontade para sentar nessa poltrona (que não precisa ser azul) e batam altos papos, exponham suas reflexões e façam deste blog um lugar para trocarmos muitas idéias.